Batalha da Grã-Bretanha

Foi uma etapa decisiva da Grã-Bretanha, a batalha travada entre britânicos e alemães.
Com a queda da França Hitler esperava que Churchill fosse querer um acordo de paz com a Alemanha, mas visto que isso não aconteceu Hitler resolveu invadir o quanto antes o território britânico.
Para a primeira etapa do plano, neutralizar a RAF, assim poderia controlar tanto as vias aéreas quanto marítimas. Depois disso feito, Hitler se utilizaria do blitzkrieg, destruindo todas as vias de transportes e comunicação. Com a RAF destruída, Luftwafe poderia enviar pára-quedistas para conquistar cabeças de praia, e uma divisão de Panzer atravessaria o canal em barcaças rápidas sob a proteção da Luftwafe. Dessa maneira os exércitos alemães poderiam entrar no território britânico cercando e destruindo a resistência. Com o plano e as estratégias boladas era a hora de começar a invasão.
Goering enviou centenas de aviões, bombardeiros, caças, e bombardeiros de mergulho, para atravessar os 35 km do canal, umas viajem de apenas 8 minutos. A primeira missão era bombardear os comboios que vinham do exterior em direção aos portos de Bristol, Southampton e Londres.
Aviões alemães haviam feito alguns ataques esparsos em julho. Este era o primeiro ataque concentrado.
Em 8 de agosto estava travada a batalha, Goering prometera que a RAF não iria impor muita resistência a Luftwafe. Mas havia uma surpresa desagradável para os Alemães. A RAF estava bem equipada e com bons pilotos em seus aviões, havia evoluído muito, diferente da que Adolf Hitler tinha visto em 1938. Somente nos primeiros dias dessa etapa da batalha, os alemães lançaram 26 grandes ataques, em que perderam quatro vezes mais aviões do que os britânicos.
Com isso cidades portuárias tornaram-se alvos dos alemães, cidades como: Southampton, Plymouth, e outras. O objetivo era desmantelar o abastecimento que vinha do exterior.
Mesmo com ataque violentos sobre estas cidades, os portos continuaram intactos e as provisões não pararam de chegar. A Luftwafe não estava dando conta de combater os aviões da RAF, como Hurricanes e Spitfires. Goering então decidiu acabar com eles em terra, realizando ataques as pistas de vôo, como Hawkinge, Manston, Tangmere e Biggin Hill. Muitos aviões não foram atingidos por estarem nos extremos dos campos, perto de árvores e cercas, em vez de parados nas pistas aguardando a próxima surtida.
O ataque custou caro aos alemães e muitos pilotos experientes acabaram prisioneiros de guerra. Num front de mais de 3.000 km, entre a Noruega e a Normandia, o plano da Blitz estava sendo frustrado porque a RAF continuava voando. Goering então ampliou os ataques, fábricas metalúrgicas fornecedoras de material para a aeronáutica também passaram a serem alvos de bombardeios. Mas isso também não estava surtindo muito efeito. Então Goering resolveu despejar toda a força da Luftwafe em um dos maiores ataques até então organizados.
Foram num domingo, 15 de setembro de 1940. Um dia que se tornaria uma das datas mais conhecidas da batalha da Grã Bretanha. Era um dia perfeito de verão, quando a frota de 500 bombardeiros e caças atravessou o canal e cruzou a costa da Inglaterra. Os londrinos, que passeavam naquele domingo, não suspeitavam que uma histórica batalha tridimensional estivesse sendo travada até a morte no céu, durante todo o dia, num front de 100 km de comprimento, 60 km de largura e 9 km de altura. Só na primeira meia hora, 200 combates já haviam acontecido. Alguns aviões alemães penetraram as defesas de Londres. Uns alcançaram o espaço aéreo acima do centro da cidade.
Somente depois de voltarem para a casa á noite e ligarem o rádio, os habitantes ficaram sabendo da mais decisiva batalha aérea da guerra. A batalha foi um golpe mortal sobre a Luftwafe e o plano de Hitler de invadir a Grã Bretanha em 17 de setembro apenas dois dias depois. Depois disso, a invasão foi adiada indefinidamente.
A política militar nazista passou a ser destruir a capital principalmente á noite. A RAF não conseguia fazer muito a noite. Tudo passava a depender da eficiência dos holofotes e da precisão da artilharia antiaérea. De inicio os bombardeiros concentraram-se na zona portuária. Tornando o East End um inferno em chamas. Mas fatos reavivaram as esperanças dos londrinos: um ano depois, bombardeiros britânicos levavam a blitz de volta á Alemanha.
 Hitler chamava a RAF de “piratas noturnos” e, por aquele crime, promete uma vingança mil vezes maior.
O primeiro alvo foi à cidade de Coventry. Na noite de 14 de novembro, 500 toneladas de bombas foram lançadas sobre a cidade. Entre o alvorecer e a alvorada, ela sofreu um bombardeio mais pesado e destrutivo que os de Roterdã e Varsóvia. A destruição quase total de Coventry e outras cidades, como Plymouth, não aceleraram a chegada do fim da guerra para os alemães.
Durante 109 noites consecutivas, alguma zona de Londres era furiosamente bombardeada. Inesperadamente, os habitantes tiveram uma noite de folga: 25 de dezembro de 1940. Por mais inacreditável que tenha sido, foi somente um intervalo. Tudo recomeçou. Nos dias que se seguiram, os londrinos notaram que os ataques estavam diminuindo em duração e quantidade. Na primavera, quase pararam.
Quase inesperadamente, a blitz voltou, com fúria redobrada. Muitos a consideraram pior que tudo que já havia acontecido, dada a chuva de bombas incendiárias despejadas sobre a capital. Em questão de minutos, mais de 1.500 pontos da cidade estavam em chamas. Chamas que se juntaram para formar o maior incêndio desde o grande incêndio de Londres, quase trezentos anos antes. No subsolo, em estações de metro e abrigos, o povo tinha a sensação de voltar á situação de quatro meses antes. Aparentemente, teriam de passar por tudo de novo. Mas no dia seguinte, para espanto geral, a sirene não tocou. Eles ainda não sabiam, mas Hitler resolvera desistir da Grã Bretanha e partir para a conquista da Rússia. A batalha da Grã Bretanha finalmente foi ganha, mas não por Hitler. Ele perdera 2.375 aviões e tripulações. Pela primeira vez os alemães provaram a derrota. Durante quase 1 ano, eles atacaram a Grã Bretanha com sua força gigantesca. Mataram mais de 40 mil britânicos e feriram gravemente outros 50 mil. Mas desde o inicio, jamais um soldado nazista pisou, como invasor, na ilha da Grã Bretanha. A batalha da Grã Bretanha, e quem a venceu, deu ao mundo um precioso período de 1 ano para preparar a vitoria final.

Texto extraído do Documentário "BATALHAS AÉREAS DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL" (DVD)
NATIONAL ARCHIVE WASHINGTON U.S.A"

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