A rendição da França

O ditador alemão Adolf Hitler, em uma forma de se vingar do ocorrido há 21 anos, exigiu que o documento de rendição dos franceses para a Alemanha fosse assinado no mesmo vagão onde os alemães assinaram a rendição para a frança e seus aliados em 1918.




Créditos: http://www.youtube.com/watch?v=7N15pi3e9Zs

ENTREVISTA: Adolf Hitler VEJA, Setembro de 1939

ENTREVISTA: Adolf HitlerVEJA, Setembro de 1939
O líder tedesco promete êxito militar contra grandes potências ocidentais, desmente estratégia para conduzir os europeus à guerra e reafirma desejo de aniquilar os judeus do continente. Aos 50 anos de idade e 6 no poder, o temido chanceler afirma: 'Nenhuma arma conquistará minha Alemanha'.
dolf Hitler não é exatamente um apaixonado pela música, mas basta um gramofone começar a assobiar os dramas musicais de Richard Wagner para que o líder germânico se coloque em tom de reverência. A exaltação do compositor ao passado mitológico da Alemanha e à criação de uma identidade nacional coletiva reverbera em cada um dos atos do poderoso Führer, que ganhou, desde sua nomeação como chanceler, em 1933, o apoio das massas às suas promessas de esplendor para o Terceiro Reich. Em uma escalada vertiginosa, Hitler fundou o partido nazista, perseguiu e silenciou opositores internos, reergueu as forças armadas e agora se dedica a restaurar a glória do Império Alemão. A invasão e a conquista da Polônia, mais recente jogada do ditador, despertou a ira de França e Grã-Bretanha e colocou a Europa outra vez em pé de guerra. Nesta entrevista, Hitler não mostra uma gota sequer de arrependimento - e promete ir até o fim em sua luta para provar a supremacia da raça ariana. "Armas nenhumas conquistarão a Alemanha. Nunca haverá outro Novembro de 1918 em nossa história."
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VEJA - Em 21 de maio de 1935, o senhor anunciou um pacto de não-agressão com os poloneses, afirmando que a Alemanha reconhecia a Polônia como a "pátria de um povo consciente". Agora, quatro anos depois, convoca as tropas alemãs para atacar essa população e ocupar suas terras. O que mudou em sua cabeça de lá para cá?
Hitler - Primeiro é preciso explicar que uma província inteira foi arrancada do Reich e que outros territórios alemães foram entregues ao estado polonês sob a justificativa de uma suposta unidade nacional, por ocasião do Tratado de Versalhes. Pois bem: mais tarde, plebiscitos em todos esses lugares mostraram que nenhum deles desejava ser parte do estado polonês, que se erigiu sobre o sangue de incontáveis regimentos alemães. Uma coisa ficou provada nesses últimos vinte anos: os poloneses, que não fundaram a cultura dessas regiões, não souberam mantê-la. Trinta anos foram suficientes para reduzir novamente ao barbarismo esses territórios que os alemães, a duras penas, haviam civilizado. Os traços desse retrocesso eram visíveis por todos os lados.

 "Dei uma ordem clara para que vidas humanas fossem poupadas
- mas desde que não resistissem."
  
VEJA - Mas isso justificava uma invasão?
Hitler - O cotidiano dos alemães nesses territórios era horrível. Tratava-se de um estado construído e sustentado na base da força e da truculência da polícia e dos militares. Mas o mundo se manteve surdo e mudo para o sofrimento de milhões de alemães que foram forçados a deixar sua pátria pelo Tratado de Versalhes. Ainda assim, tentei buscar uma solução que levasse a um acordo justo. E submeti essa tentativa aos governantes poloneses sob a forma de propostas verbais que eram mais que razoáveis. Você as conhece. Sinceramente não sei em que condições mentais estavam os líderes quando refutaram essas propostas. E, como resposta, a Polônia deu a ordem para a primeira mobilização. Então a selvageria do terror começou. E era impossível para uma grande força como a Alemanha tolerar tais atos. A Polônia escolheu a guerra, e a recebeu.

VEJA - A vitória militar alemã na campanha da Polônia foi inconteste, e sua rapidez surpreendeu a maioria dos observadores internacionais. O exército alemão já está completamente refeito da derrota na Grande Guerra, em 1918?
Hitler - Certamente. Com menos de uma semana de combate, não havia mais dúvida do resultado. Quando as tropas polonesas encontraram as unidades alemãs, ou foram derrotadas ou foram repelidas. A idéia de uma grande ofensiva polonesa contra o território do Reich ruiu nas primeiras 48 horas da campanha. As unidades alemãs sempre foram senhoras da situação, em todas as batalhas. Do dia para a noite, a maior parte da força militar polonesa foi massacrada, capturada ou rendida. Enquanto isso, o exército alemão conseguiu avançar distâncias e ocupar regiões que, há 25 anos, teria levado 14 meses para conquistar. E isso sempre respeitando as regras do jogo. Dei uma ordem muito clara nessa campanha para que vidas humanas fossem poupadas.

VEJA - Não são esses os relatos que vêm do front.
Hitler - Não, senhor. Nos lugares em que as pessoas não ofereceram resistência, garanto que nem uma vidraça foi quebrada. Na Cracóvia, nenhuma bomba foi atirada, exceto nos campos de pouso, estradas de ferro e estações ferroviárias, que eram objetivos militares. Por outro lado, em Varsóvia a guerra foi conduzida por civis armados em todas as casas e ruas. Lá, obviamente, a guerra se espalhou pela cidade inteira. Nós seguimos essas regras agora e gostaríamos de segui-las no futuro. Está nas mãos de nossos adversários a decisão de conduzir sua estratégia de uma forma compatível com as leis internacionais ou incompatível com elas. Nós saberemos nos adaptar a essa escolha.

"Quando disse
que resolveria a questão judaica, eles riram. Mas agora os judeus não dão risada."
 
  
VEJA - Mas foi reportado que sete Esquadrões de Ação Especial, os chamados Einsatzgruppen, estiveram na Polônia exterminando de forma arbitrária setores da elite intelectual polonesa e integrantes da comunidade judaica...
Hitler - Bem, essa é uma outra questão. Trata-se da purificação racial. Durante toda minha vida, tenho sido um verdadeiro profeta, e costumo ser ridicularizado por isso. Na época de minha luta pelo poder, quando disse que um dia tomaria a liderança do estado e da nação e, entre outras coisas, resolveria a questão dos judeus, a raça judaica recebeu minha profecia com risadas. Mas acho que, já há algum tempo, tais risadas cessaram. E, no início deste ano, fiz uma nova profecia: se os financiadores judeus de dentro e de fora da Europa tivessem sucesso em colocar os países mais uma vez numa guerra mundial, o resultado não seria a implantação do bolchevismo no mundo, com a conseqüente a vitória dos judeus, mas a aniquilação da raça judia na Europa. A guerra está aí... E minha profecia está sendo cumprida novamente.

VEJA - Como explicar sua animosidade extrema para com os judeus? O senhor acredita que o anti-semitismo poderá resolver os problemas da Alemanha?
Hitler - O judaísmo tem um efeito pernicioso não só em nível nacional como também em nível pessoal, na má impressão deixada por cada indivíduo judeu. Como resultado, alguns podem tomar o anti-semitismo como um movimento de caráter estritamente emocional e individual. Isso não corresponde à realidade. Anti-semitismo como um movimento político não pode e não deve ser moldado por fatores emocionais, e sim pelo reconhecimento dos fatos.

VEJA - Quais seriam eles, então?
Hitler - Os fatos são que, para os judeus, o valor de um indivíduo não é mais determinado pelo seu caráter ou pela importância de seus atos para a comunidade, e sim apenas pelo tamanho de sua riqueza. Tudo que move alguém a atingir objetivos maiores, seja a religião, o socialismo ou a democracia, é para os judeus meramente meios para um fim, uma forma de satisfazer sua ganância e sua sede de poder. O resultado disso é a tuberculose racial da nação. Por isso, o anti-semitismo racional deve englobar uma luta legítima e sistemática contra os privilégios desfrutados pelos judeus, e seu objetivo final deve ser a remoção total dos judeus de nosso meio. Isso só pode ser alcançado por um governo forte, não por um governo impotente. E nós somos um governo forte.

 "Mr. Churchill pode crer na sua vitória. Eu não duvido da nossa.
E o destino dirá quem está certo."
  
VEJA - O Tratado de Não-Agressão Nazi-Soviético deu ainda mais força à Alemanha? Alguns acreditam se tratar de um acordo entre gângsteres, que concordaram em não levantar armas entre si apenas para ter a garantia de poder cometer agressões impunemente em outras frentes.
Hitler - Tenho escutado que a cooperação entre a Alemanha e a Rússia vem sendo considerada um crime terrível na Grã-Bretanha e na França. Um britânico chegou a escrever que ela é pérfida. Bem, eles é que sabem. Eu acredito que a Grã-Bretanha toma essa cooperação como pérfida porque a cooperação entre a Grã-Bretanha democrática com a Rússia bolchevista falhou, enquanto que a Alemanha Nacional Socialista com a Rússia soviética deu certo. Queria aproveitar esse momento para dar uma explicação: a Rússia fica como ela está, e a Alemanha também. Uma coisa está clara para os dois regimes: nem a Alemanha nem a Rússia aceitarão sacrificar um só homem pelo interesse das democracias ocidentais. Uma lição de quatro anos foi suficiente para ambos os povos. A Alemanha tem reivindicações limitadas, porém claras e inalteráveis, e irá efetuá-las de uma forma ou de outra. Agora, se as forças ocidentais acham que essas reivindicações não podem ser concretizadas sob nenhuma circunstância, e se a Grã-Bretanha em particular estiver determinada a se opor a elas numa guerra de três, cinco ou oito anos, que seja.

VEJA - Primeiro o senhor disse que não desejava a guerra sob hipótese alguma. Em 1933, chegou a afirmar: "Insultam-me ao repetir que quero a guerra. Serei louco? A guerra? Mas a guerra nada resolveria. Só faria agravar a situação do mundo." Entretanto, agora o senhor parece radiante com a perspectiva de uma longa batalha em território europeu, especialmente contra a Grã-Bretanha, que reconduziu Winston Churchill ao Almirantado (leia nota na seção Gente). Afinal, a guerra é ou não é a melhor forma de resolver as pendengas européias?
Hitler - Veja bem: com a guerra, as riquezas nacionais da Europa irão se desfazer, e o vigor de cada nação se dissipará nos campos de batalha. Mister Churchill e seus companheiros podem interpretar essa opinião como uma fraqueza ou covardia, se quiserem. Não estou preocupado com o que eles pensam. Faço essa afirmação simplesmente para mostrar que gostaria de poupar o meu povo deste sofrimento. Se, entretanto, prevalecerem as opiniões de Churchill e seus seguidores, os lordes da guerra, essa afirmação será minha última. Deveremos então guerrear. E armas nenhumas conquistarão a Alemanha. Nunca haverá outro Novembro de 1918 na história alemã. É um erro infantil desejar a desintegração de nosso povo. MisterChurchill pode estar convencido da vitória da Grã-Bretanha. Eu não duvido por um só momento que a Alemanha sairá vitoriosa. O destino dirá quem está certo.


Créditos: http://veja.abril.com.br/especiais_online/segunda_guerra/edicao001/entrevista.shtml

Reportagem da VEJA, Setembro de 1943

Nazistas agora usam cobaias humanas em abomináveis experimentos ditos médicos nos campos de concentração
- Os prisioneiros são submetidos a técnicas brutais e sem nenhum fundamento científico pelos cruéis professores


Cobaias congeladas: o professor Sigismund Rascher (à dir.) faz 'experimentos' em Dachau
"Juro, por Apolo médico, por Esculápio, Hígia e Panacea, e tomo por testemunhas
todos os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo o meu poder e minha razão,
a promessa que se segue (...) Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o
meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém. A ninguém
darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda."

Juramento de Hipócrates
ivulgado no último dia 2 pelo Ministério do Interior em exílio da Polônia, o documento que acusa os médicos do Reich de usar cobaias humanas para experimentos em campos de concentração está correndo o mundo e deixando estupefata a comunidade internacional. É bem verdade que, a essas alturas, já não deveria mais ser surpresa ou novidade a notícia de atrocidades cometidas pelos homens de Adolf Hitler - vide o estrago causado por pelotões de execuçãoEinsatzgruppen nos territórios ocupados. Entretanto, os relatos das experiências ditas médicas levadas a cabo no campo de Ravensbruck, próximo a Mecklemburg, e em Dachau, na vizinhança de Munique, são parte integrante dos capítulos mais aterrorizantes do almanaque das crueldades humanas.

Em Ravensbruck, os tentâmenes medicinais do professor Julius Gepphard e equipe já aleijaram e mataram dezenas de prisioneiros. A remoção de ossos, músculos e nervos para a observação de possível regeneração são uma das vertentes empíricas analisadas pelos germânicos no local. Em sessões que duram até três horas, os ossos dos membros inferiores das cobaias são quebrados em vários pontos, reagrupados e envolvidos por uma tala - que por sua vez é removida antes que os ossos estejam reduzidos, a fim de se observar a evolução regenerativa e as possíveis modalidades de cura. Tudo isso, ressalte-se, sem anestesia.

Outra área de pesquisa dá conta de observar a eficiência de drogas contra uma série de vírus e bactérias: para isso, o indivíduo é deliberadamente ferido (com tiros ou incisões) e os agentes infecciosos são nele introduzidos. Depois disso, os medicamentos em questão são ministrados ao paciente, e sua reação é seguida de perto pelos enfermeiros. Um segundo grupo de infectados não recebe os remédios, de tal forma que os estudiosos possam comparar a evolução da doença e avaliar a eficácia dos entorpecentes. Para aperfeiçoar o método, os doutores germânicos passaram a introduzir também vidro e madeira na carne de suas cobaias, simulando assim as reais condições de recuperação dos feridos em campo de batalha.
...
Cútis tatuadas - A lista de sevícias prossegue em Dachau, onde o médico-chefe Sigismund Rascher comanda um verdadeiro matadouro humano - desta vez, não apenas com fins ditos científicos, como também puramente estéticos. Os documentos revelam ser uma prática comum nos campos de concentração a remoção da pele de prisioneiros mortos para a confecção de bolsas, chinelos, luvas e cúpulas de abajur, entre outros artefatos. Cútis tatuadas têm especial valor nesse mercado. Quando não há mortos suficientes para atender à demanda, Rascher encomenda o corpo de 20 ou 30 prisioneiros sadios, que são alvejados no pescoço ou estrangulados para que a região do peito e das costas - as mais nobres para tal manufatura - não seja danificada.

Rascher também montou uma estrutura para estudar os efeitos da baixa temperatura da água em seres humanos, com o intuito de reavivar aviadores que caem nos oceanos. Prisioneiros de Dachau são imersos em tanques de águas gélidas até que fiquem inconscientes; em seguida, os médicos extraem amostras de sangue, que são testadas cada vez que a temperatura corporal da cobaia cai um grau - a medição é realizada com o auxílio de um termômetro retal. Depois da remoção do indivíduo do tanque, são feitas tentativas de reanimação com água quente, eletroterapia ou calor animal; para este último teste, o corpo do homem inconsciente é colocado entre o de duas prisioneiras. Pouquíssimos sobrevivem; estes, todavia, são enviados para o bloco dos inválidos e executados em seguida. O que diria Hipócrates de tão perjuros discípulos?

Extermínio em massa dos Judeus



Créditos: http://www.youtube.com/watch?v=tMCIgV4xu7Y

Bendlerblock


É um edifício em Berlim, construído entre 1911 e 1914 para Marinha Imperial Alemã.
Na Republica de Weimar foi sede do Reichswehr ou ministério da Defesa.
Desde 1993 é a segunda sede do Ministério Federal da Defesa Alemã.
Bendlerblock ficou mesmo tão conhecido depois de ter sido a sede onde os oficiais alemães realizaram os planos para o Atentado de 20 de julho em 1944, alguns dos quais foram fuzilados no pátio da própria sede.
Bendlerblock foi o foco da resistência Anti-Nazista.






















Hans Oster


Oster nasceu em Dresden, Reino da Saxônia, império Alemão, em 9 de agosto de 1887, seu pai era um pastor protestante.
Começou a sua carreira no exército em 1907 na divisão de artilharia.
Serviu na Frente Ocidental durante a Primeira Guerra Mundial, até o ano de 1916, quando subiu para o posto de capitão do Estado-Maior alemão.
Ao final do conflito, Hans Oster foi integrado ao corpo de oficiais, Reichswehr (Defesa Alemã ou Força de Defesa) que foi reduzido para 4.000 militares, exigência do Tratado de Versalhes.
Inicialmente Oster chegou a apoiar o regime Nazista, mas logo mudou de idéia depois da “Noite das Facas Longas”, em que vários lideres da rival Sturmabteilung (SA) e vários outros lideres políticos contrários ao regime Nazistas foram assassinados, entre eles estavam o General Kurt Von Schleicher, último chanceler da Republica de Weimar e o Major-General Ferdinand Von Bredow, ex-chefe da Abwehr.
Seu ódio pelo Nazismo aumentou ainda mais depois da Kristallnacht, pois isto para ele era a prova de que o Nazismo traria uma carnificina sem precedentes.
No meio disso tudo Oster conheceu Ludwig Beck, General e chefe do Estado-Maior.
Já na Abwehr Oster foi de estrema importância para o andamento dos planos de conspiração, tudo isso graças a sua posição que ocupava dentro da organização.
Oster poderia fornecer documentos falsos, dando cobertura e disfarçando as atividades conspiratórias.
Pouco tempo depois Ludwig Beck foi afastado do seu cargo por Hitler, mas isso não prejudicou em nada os planos para um golpe de estado, pois seu sucessor era Franz Halder que também não era simpatizante ao regime Nazista e continuou mantendo contato com Oster e Beck.
Outro personagem de estrema importância para o golpe era o Marechal Erwin Von Witzleben
Comandante do exercito na região militar de Berlin, que estaria com suas tropas estrategicamente bem posicionadas para o golpe.
Oster entrou em contato com Halder e Beck dizendo que aquele era o momento certo, mas os Generais disseram que colocariam o plano em prática apenas se Hitler fizesse movimentos ostensivos para a guerra, caso Hitler não entrasse em guerra o plano não seria posto em prática.
Oster e a Abwehr entraram em contanto com os britânicos e pediram para que eles se mantivessem firme contra Hitler durante a crise dos Sudetos. Mas isso não aconteceu, pois o ministro Neville Chamberlain, em uma reunião em Munique, em 28 de setembro, aceitou o desmembramento da Tchecoslováquia.
Esse triunfo diplomático de Adolf Hitler prejudicou e desmoralizou os conspiradores. Com toda essa reviravolta Halder já não apoiava mais um golpe de Estado. Esta foi à primeira tentativa de conspiração que teria grandes chances de dar certo.
Oster foi preso um dia após o fracasso de 20 de julho.
No dia 4 de Abril de 1945, os diários do almirante Canaris foram descobertos, assim que leu o que estava escrito la Adolf Hitler ordenou imediatamente a morte dos conspiradores.
Em 8 de abril de 1945, Oster, Dietrich Bonhoeffer, Wilhelm Canaris, e outros anti-nazistas foram condenados a morte, em uma corte presidida por Otto Thorbeck.
Na madrugada do dia seguinte, Hans Oster, Dietrich Bonhoeffer e Canaris foram enforcados em Flossenbürg. Antes de serem mortos foram obrigados a despir-se.
O campo foi liberado duas semanas mais tarde pelas forças americanas.

Friedrich Olbricht


Olbricht nasceu na cidade de Leisning, Saxônia. Seu pai era professor de matemática, Richard Olbricht.
Em 1907, Olbricht entrou para a infantaria, regimento 106 em Leipzig, Alemanha como estandarte participando da Primeira Guerra Mundial.
Ao termino do conflito ele foi transferido para Reichswehr (Defesa Nacional) que formava a defesa militar da Alemanha, que na época havia sido reduzida de tamanho, de acordo com os termos estabelecido no tratado de Versalhes, em 1919. 
Sua esposa era Eva Koeppel, sendo pai de um casal de filhos.
Olbricht fazia parte de uma minoria de militares alemães que eram a favor da República de Weimar.
O General Olbricht sempre viu o Nazismo com certa desconfiança e ela aumentou ainda mais depois do Putsch em 1923, dele e de seus companheiros que estavam juntos no dia, Hans Oster, Erwin Von Witzleben e Georg Thomas, que aos poucos foram se afastando cada vez mais do crescente movimento Nacional-Socialista que estava se instaurando na Alemanha.
Em 1926, Olbricht recebeu um convite para o ministério da Defesa do Reich
Sete anos depois, em 1933 foi promovido a chefe de equipe da Divisão de Dresden.
1935 foi nomeado chefe de gabinete da Quarta Divisão do Exército estacionado em Dresden.
O General Olbricht teve uma importante participação no inicio da Segunda Guerra Mundial, liderando a 24° Divisão de Infantaria durante a invasão da Polônia.
Em uma tática rápida de improvisação, o General Olbricht foi à frente das tropas carregando soldados em seu próprio carro, isso fez com que chegassem a tempo para defender as pontes que eram necessárias para a invasão, antes que o inimigo as demolissem. Isso lhe rendeu uma condecoração com a Cruz de Cavaleiro da Cruz de Ferro, mérito pela sua bravura e estilo dinâmico de liderança.
Olbricht foi promovido a General de Infantaria em 15 de fevereiro de 1940.
De 1941 e 1942, o General Olbricht desenvolveu um audacioso plano, a Operação Valquíria com a proposta de acabar com conflitos internos, mas na verdade a meta era outra, um golpe de Estado.
 Junto com ele estava Coronel-General Ludwig Beck, Carl Friedrich Goerdeler e Major-General Henning Von Tresckow, todos trabalhando para encontrar uma forma de assassinar o ditador alemão Adolf Hitler e derrubar o Nazismo.
Em 1943, o Coronel Claus Graf Schenk Von Stauffenberg começou a trabalhar no escritório de Olbricht, ele foi peça principal desse plano, pois seria dele a tarefa de plantar as bombas o mais perto possível de Adolf Hitler.
Em 20 de julho de 1944, Olbricht juntamente com o Coronel Albrecht Mertz Von Ritter Quirnheim, esperavam a confirmação da morte do Führer para mobilizar as tropas reservas para locais estratégicos de Berlim dando inicio a próxima fase da operação. Mas as pastas não continha explosivos suficientes para matar Adolf Hitler e operação começou a declinar.
O atraso talvez tenha sido uns dos fatores principais que fizeram com que a missão fracassasse. Olbricht, não tendo a confirmação do andamento do atentado, hesitou em movimentar as tropas, isso fez com que ele perdesse tempo importante para tomar o controle de Berlim. Assim a liderança Nazista conseguiu controlar a situação usando suas tropas leais dentro de poucas horas.
O Coronel Olbricht foi preso as 09h00min pm, em sua sede no Bendlerblock
Logo depois naquela noite, Friedrich Olbricht, Albrecht Mertz Von Ritter Quirnheim, Coronel Claus Graf Schenk Von Stauffenberg e seu ajudante Werner Von Haeften, foram conduzidos até o pátio e executados por um pelotão de fuzilamento.

Claus Schenk Graf Von Stauffenberg


Coronel Alemão da Segunda Guerra Mundial e autor de um atentado contra a vida do ditador alemão, Adolf Hitler. Esse episodio ficou conhecido como Atentado de 20 de Julho.
Era originário de uma família nobre e de crença católica da Baviera.
Sua família detinha na época um titulo que a identificava como sendo da alta sociedade, o titulo nobiliárquico ou o mesmo que conde.  Tanto que esse titulo vinha afiliado ao nome de seus pais; Alfred Schenk Graf von Stauffenberg, que traduzindo para a nossa língua ficaria; Alfred Schenk conde de Stauffenberg e sua mãe; Caroline geb. Gräfin Von Üxküll- Gyllenband, que em português ficaria; Caroline condessa de Üxküll-Gyllenband.
Sua dedicação e competência o tornaram o oficial alemão mais jovem atingir o cargo de coronel das forças armadas alemãs.
Em 7 de abril de 1943, durante um ataque aéreo no norte da África, quando fazia parte do Afrika Korps, foi gravemente ferido perdendo o olho esquerdo, dois dedos da mão esquerda e a mão direita, além de ter os joelhos comprometidos.
Junto com Stauffenberg outros militares alemães já não suportavam mais as ordens de Hitler e seus planos que estavam arrastando a Alemanha para o buraco, desta maneira ficou decidido que Adolf Hitler teria que morrer.
O atentado consistia em colocar o mais próximo possível do ditador pastas contendo explosivos que seriam detonados durante uma reunião dele com seus comandantes. Mas o plano falhou, pois uma pesada mesa de madeira salvou Hitler do impacto dos explosivos. O resultado final foi 11 feridos e 4 mortos e Adolf Hitler dizendo; “eu sou imortal”.
Esse atentado custou à vida de seus idealizadores e cúmplices que se encontravam na capital alemã, Berlin. Foram traídos pelo general Friedrich Fromn, que também havia participado do atentado, mas ao saber que Hitler tinha sobrevivido entregou todos para o ditador eram eles: General Friedrich Olbricht; General Erwin Von Witzleben (condenado a forca), Coronel Albrecht Mertz Von Quirnheim e o tenente  Werner Von Haeften que foram fuzilados naquele mesmo dia.
A grande ironia foi que no outro dia uma pasta foi encontrada no cofre de General Friedrich Olbricht, com nomes de supostos governadores da Alemanha pós- Hitler, esse achado fez com que a farsa do general fosse por água abaixo provando que ele também havia participado do atentado. Ele foi condenado e executado na forca, Albert Speer até tentou em vão interceder a seu favor, mas não adiantou.
Outro suspeito de participação no atentado foi o Marechal de Campo Erwin Rommel, conhecido como a “Raposa do Deserto”, mas ele foi dada a opção do suicídio da qual fez uso.
Antes de por o atentado em prática Claus Von Stauffenberg disse a sua família a seguinte frase; “Se eu conseguir serei chamado de traidor pelo povo alemão, mas se eu não conseguir estarei traindo a minha consciência”
Momentos antes da execução suas últimas palavras foram “Es lebe das heilige Deutschland” (vida longa para sagrada Alemanha)
Foi fuzilado em 21 de julho de 1944 no Bendlerblock, Berlim.