Primeira Guerra Mundial

A superioridade tanto econômica quanto política que a Europa exercia sobre o mundo, entrou em colapso após esse conflito.
As desconfianças aumentavam na Europa, contribuindo para criação de alianças secretas entre as nações européias. Para aumentar ainda mais a tensão, dois países emergentes estavam entrando para a corrida imperialista, Itália e Alemanha e reclamavam por uma nova divisão das colônias.

As causas da guerra.
  1. Anglo-germânica: O alto desenvolvimento da Alemanha após a unificação, porque isto atrapalhava a influência inglesa no continente.
  2. Franco-Alemão: Questões fronteiriças, que envolvia os territórios da Alsácia e Lorena.
  3. Pangermanismo: A Alemanha queria a união entre os povos germânicos da Europa central.
  4. Revanchismo: A França queria uma revanche pela humilhação sofrida em 1870, e os territórios da Alsácia e Lorena.
  5. A crise dos Bálcãs: Em 1808, a Bósnia Herzegovina foi à anexada ao território Austríaco, atrapalhando os interesses da sérvia e sua aliada, a Rússia.
No meio de todas essas diferenças e vontades postas á mesa, os envolvidos não perderam tempo e formaram duas frentes de alianças.

 A. Tríplice Aliança: Alemanha, Áustria e Itália.

 B. Tríplice Entente: Inglaterra, Rússia e França.


O estopim que inicia a primeira guerra mundial aconteceu nos Bálcãs, onde o domínio da região era disputado pelos Russos, Austro-Húngaros e Sérvios. Os russos, povo de origem eslava, pretendiam anexar a região e assim aumentar a sua influência na Europa central.
A sérvia, dominada pelo decadente império Turco, tornou-se independente em 1878. Seus planos eram de formar a grande Sérvia, para isso seria preciso anexar a Bósnia, a Herzegovina, a Croácia e a Eslovênia, territórios que eram e origem eslava, mas que estavam sobre o domínio do Império Austro-Húngaro. E como os Russos queriam uma passagem para o mediterrâneo começaram a patrocinar as pretensões nacionalistas da Sérvia.
Mas para que os planos dos Sérvios se concretizassem, seria necessário tirar o império Austro-Húngaro do caminho. A fim de derrubar o domínio dos austríacos, surgiram na Sérvia várias sociedades secretas, a mais atuante foi a Mão Negra formada em 1911. Suas ferramentas de ataques eram a forte propaganda nacionalista e atentados terroristas.
Desta maneira os Bálcãs viraram um campo minado pronto para explodir se um passo fosse mal dado, uma mistura de sentimento nacionalista e rivalidades entre as potências que a qualquer hora poderia vir atona em um grande conflito.
Mas o maior problema de todos era as pretensões do futuro herdeiro do império Austro-Húngaro, Arquiduque Francisco Ferdinando. Ele desejava anexar todos os territórios eslavos sob jurisdição da coroa dos Habsburgos. Atrapalhando os planos dos Sérvios de criar a Grande Sérvia.


No dia 28 de junho de 1914, em Sarajevo, capital da Bósnia, o Arquiduque e sua esposa foram assinados por Gravilo Princip, membro da organização Mão Negra. Os austríacos culparam os Sérvios pelos assassinatos e exigiram uma investigação detalhada com participação de investigadores austríacos. Pedido ignorado. Então em 23 de julho recebe um ultimato austríaco, exigindo que um culpado fosse encontrado e fatos apurados em 48 horas, outra vez pedido recusado, pois isto segundo os sérvios seria um atentado contra a soberania sérvia.

Em 28 de julho de 1914 a Áustria insatisfeita com os resultados obtidos em suas tentativas frustradas, declara guerra a Sérvia, dando inicio a Primeira Guerra Mundial. Em pouco tempo o sistema de alianças arrastou a Europa inteira para o conflito.

 a) Rússia deslocou suas tropas para auxiliar a Sérvia.
 b) A Alemanha, aliada da Áustria reage, e manda um ultimato para que a Rússia desmobilizasse suas tropas, e a França aliada dos russos mantive-se neutra. Tanto a Rússia quanto a frança não aceitam o pedido e entram em guerra contra a Alemanha.
 c) ingleses aliados dos russos e franceses deslocam tropas para ajudar a França e declara guerra a Alemanha.
d) O Japão entra para a briga, atacando os alemães no Pacífico.
e) O império Turco-Otomano entra no combate a favor da Alemanha e do império Austro-Húngaro. Fechando passagem pelo estreito de Bósforo e Dardanelos.
Assim dois grupos inimigos foram criados

Impérios centrais: Alemanha, Austria-Húngria e império Turco-Otomano.

Os aliados: França, Inglaterra e Rússia.

A Itália manteve-se neutra no inicio do conflito, só entrou para a guerra em 1915 ao lado dos aliados rompendo com a Tríplice Aliança.
Mesmo a guerra sendo um fato iminente, os europeus não acreditavam que pudesse ser algo generalizado e de grande duração, pensavam que pudesse ser um conflito localizado e rápido sem maiores problemas para a Europa. Mas não foi bem isso que aconteceu.
O fato de nem um dos países envolvidos, ter bolado um plano militar e econômico, fez com que as forças se equilibrassem no campo de batalha prolongando o combate para além das expectativas previstas. Logo a população desses países, começara a sentir na pele os efeitos de uma guerra, situações precárias, soldados nos fronts vencidos pelo cansaço e as pressões de uma guerra sem precedentes levaram o conflito para novos resultados.
A Revolução Bolchevique ocorrida em outubro de 1917 fez com que a Rússia abandonasse os campos de batalha em 1918. Um acordo de paz com a Alemanha foi assinado, Tratado de Brest-Litovsk.
Nesse mesmo ano os Estados Unidos entram a favor dos aliados, mudando drasticamente os rumos da guerra. Os aliados impuseram fortes derrotas sobre os alemães, isso levou a manifestações e conflitos internos dentro da Alemanha que derrubaram o imperador Guilherme II.
Desta maneira em nove de novembro foi proclamada a república social democrata, dois dias depois a Alemanha assinou a rendição.
Em 1919, os vencedores reuniram-se em Versalhes para elaborar um tratado de paz, foram feitos cinco tratados, o principal deles o Tratado de Versalhes. Seus pontos principais eram:

a) A Alemanha foi responsabilizada pela guerra e obrigada a pagar altas indenizações.
b) Exército reduzido, fronteiras desmilitarizadas.
c) Alemanha devolve para a França os terrenos tomados durante os conflitos, Alsácia-Lorena.
d) A Alemanha teve que reconhecer a independência da Polônia.
e) Império Alemão dividido entre Inglaterra, França, Bélgica e Japão.

Outros tratados foram assinados, como o Tratado de Saint-Germain, reconhecendo a independência da Hungria, Polônia, Tchecoslováquia e Iugoslávia.
Tratado de Trianon, assinado com a Hungria.
Tratado de Sévres e de Lausanne com a Turquia.
Tratado de Neully com a Bulgária.
O Brasil também teve uma pequena participação na Primeira Guerra Mundial, não participou dos combates, mas enviou uma junta médica a Europa e aprisionou alguns navios alemães em águas territoriais. O Brasil declarou guerra aos impérios centrais em 1917.

Fontes: Projeto de Didátido de Pesquisa e Wikipédia, a enciclopédia livre.

Guerra Fria


Após a Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), vieram a tona os conflitos entre os aliados que haviam triunfado sobre os nazista e fascistas. A Europa dividiu-se em dois blocos, um liderado pelos Estados Unidos e outro pela União Soviética. Esses dois países conservaram os seus poderosos exércitos e continuaram a desenvolver a sua indústria bélica: em pouco tempo assumiram o caráter de superpotências em rivalidade aberta.
A paz viu-se de novo ameaçada, reaparecendo de novo o perigo de uma nova guerra mundial – e bem mais trágica que a anterior, pois desde o seu inicio seria utilizadas armas nucleares. A catástrofe seria bem maior do que a sofrida pelo Japão por ocasião do lançamento das duas primeiras bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki (agosto de 1945).

Na verdade, os Estados Unidos e a Grã-Bretanha preocupavam-se com uma possível expansão soviética desde os últimos anos da Segunda Guerra Mundial. Pois foi o exercito soviético que libertou a Europa central e a região dos Bálcãs, expulsando os nazistas da polônia, Tchecoslováquia, Albânia, etc... Suas tropas chegaram ao interior da Áustria e da Alemanha.
Por isso, os Estados Unidos e a Inglaterra procuram tomar posições estratégicas nessas regiões da Europa, sobre tudo na Grécia e na Turquia; essa situação gerou a chamada “guerra fria”. A União Soviética procurava estender a sua área de influencia e ocupar pontos estratégicos, enquanto os Estados unidos e seus aliados agiam militar e diplomaticamente para impedir essa expansão e, de passagem, reforçavam a sua esfera de hegemonia econômica e política.
Um dos pontos chave desse processo foi o plano Marshall; em 1949 foi criado o seu complemento militar, a Organização do Atlântico Norte (OTAN). Era um pacto, militar que reunia 12 países a Grécia e Turquia aderiram em 1952 – visivelmente dirigido contra o bloco soviético.
Em resposta, a União Soviética, possuidora da bomba atômica desde 1949, organizou o pacto de Varsóvia, uma aliança militar integrada pelos países socialistas da Europa Oriental.

Créditos da imagem: http://www.google.com.br/

Genocídio


Crime contra a humanidade que consiste no aniquilamento do todo ou uma parte de grupos humanos, nacional, étnico, religioso indo frontalmente de encontro aos direitos do homem.
O crime de lesa-humanidade que no inicio era sempre empregado para a designação dessa destruição internacional foi substituído por genocídio.
Coube então a Raphael Lemkin, advogado polonês, descendentes de judeus, a denominação de genocídio pela prática de matança em massa.
Na história da humanidade o genocídio aparece em vários relatos, mostrando o quanto era usado.
Um exemplo mais famoso e com certeza conhecido por boa parte da humanidade dos dias atuais, por ter abalado pela forma destruidora e cruel, foi o extermínio em massa de judeus, russos e poloneses durante a Segunda Guerra Mundial cometido pelos nazistas alemães. Os ciganos também foram vitimas desse crime.

Joaquim Pedro Salgado Filho


Nasceu em 2 de julho de 1888 na cidade de Porto Alegre. Morreu em 30 de julho de 1950, aos 62 anos de idade, em São Francisco de Assis.
Esteve ao lado de Getulio Vargas na Revolução de 1930, dando-lhe apoio. Tendo participação no cenário político do Distrito Federal de 1930 a 1932. Logo em seguida ocupou o cargo de ministro do trabalho de 1932 a 1934. Um ano depois foi deputado federal de 1935 a 1937.
Quatro anos mais tarde foi primeiro ministro da Aeronáutica de 1941 a 1945 e senador de 1947 a 1950. Foi presidente do Partido Trabalhista Brasileiro de 1948 até a sua morte.

Também teve participação na criação do Correio Aéreo Nacional e da Escola de Aeronáutica, com isso houve a separação da Força Aérea Brasileira e do Exercito. Apoiou a criação de aeroportos para aviação comercial no Brasil.

Com isso teve dois aeroportos batizados com o seu nome, o Aeroporto Internacional de Salgado Filho, SBPA, Porto Alegre e o Aeroporto Salgado Filho, SDZC, em São Carlos.

Fora as homenagens já citadas acima, há várias outras espalhadas pelo Brasil, como temos o município paranaense de Salgado Filho, o bairro Salgado Filho na cidade de Belo Horizonte e na cidade de Aracaju, a Escolha Municipal Salgado Filho e etc.


Faleceu em um acidente aéreo, quando o bimotor que o transportava , rumo ao encontro com Getulio Vargas, se chocou contra uma colina em São Francisco de Assis.

Fonte: Wikipédia

1ª Esquadrilha de Ligação e Observação


Criada pelo Ministro da Aeronáutica, Joaquim Pedro Salgado Filho, pelo Aviso nº 57, de 20 de julho de 1944, era a Esquadrilha de Ligação e Observação mais conhecida como a 1ª ELO, a unidade mirim que passou a servir diretamente à Artilharia Divisionária da FEB, sob o comando do General Oswaldo Cordeiro de Farias. Para seu Comandante foi escolhido o Major Aviador João Afonso Fabrício Belloc.
A unidade da Força Aérea Brasileira tinha o efetivo composto por:
- 11 oficiais aviadores
- 1 intendente
- 1 suboficial
- 8 sargentos mecânicos de avião
- 2 sargentos de rádio
- 8 soldados auxiliares de manutenção
- 10 aeronaves tipo HL Piper Cub, ou L-4 1H na versão militar.
A missão recebida pelo comandante da 1ª ELO era a de executar vôos isolados sobre a "terra de ninguém" e sobre a própria linha de frente inimiga, em aviões desarmados, tipo HL — Piper Cub, nosso familiar "Teco-Teco", com o objetivo de fazer observação, reconhecimento aéreo e regulagem de tiro, em proveito da Artilharia Divisionária. Eventualmente, o Estado-Maior da 1ª DIE também solicitava ao Major BelIoc missões específicas de reconhecimento, muitas vezes coincidindo com as próprias missões normais da Esquadrilha.
Uma missão de guerra na 1ª ELO tinha a duração média de 1h55m (uma hora e cinqüenta e cinco minutos), onde o piloto da FAB e o oficial de artilharia que o acompanhava, como observador, ficavam expostos a Flak alemã leve e pesados, além do perigo de formação de gelo no cone do difusor do carburador, o que, muitas vezes, provocava a parada do motor do pequeno Piper
Os mecânicos usaram toda a técnica para sanar esta pane. Belloc, diante da deficiência do avião, comunicou ao General Cordeiro de Farias a ocorrência. Estava o prudente Belloc apenas alertando do que poderia acontecer a qualquer momento. O pior não acontece.
Quando o gelo se acumulava no cone do difusor do carburador, provocando uma parada parcial do motor, o avião começava a perder altura, atingindo mais ou menos altitudes entre 300 e 600 metros, onde a temperatura mais elevada dissolvia o gelo, e o motor voltava a funcionar normalmente. Tudo recomeçava. A missão tinha que ser cumprida. Houve dois casos de parada total, uma com o Cançado e o Elber (FEB), outra com o Fleming e o Iónio (FEB).
Pilotos e observadores nada sofreram. Os aviões tiveram suas avarias recuperadas, após os acidentes, pelos dedicados mecânicos da ELO.

Fonte: (Clube dos Generais; http://www.clubedosgenerais.org/)




A batalha de Berlin


A batalha de Berlin marca o fim da Segunda Guerra Mundial na Europa, colocando um ponto final em um período de violência e mortes.


Em março, o destino da Alemanha já estava decidido, com o exercito russo atacando de um lado, anglo-americanos vindos do outro.
Os nazistas continuaram tentando a todo custo, não uma vitória, apesar de muitos ainda acreditarem ainda ser possível, mas a maioria mais lúcida achava possível uma saída honrosa.

Pela metade do mês de Abril, os russos conseguiram passar pelo ultimo grande obstáculo natural que os separava de Berlin, o rio Oder. Apesar de uma violenta defesa empregada pelos alemães, sob o comando do experiente general Heinric, que diante de Moscou, enfrentou inúmeras situações desesperadas, porem agora a situação era diferente em numero e em armas e os alemães já não possuíam meios para segurar o exercito vermelho que se dirigia para oeste.

Henrici conseguiu ganhar um tempo utilizando uma manobra inteligente, antes de o bombardeio russo começar, ele havia recuado suas tropas para a segunda linha e quando as coisas se acalmaram, voltou para defender a linha principal, com isso o enorme bombardeio russo, mais de 20 mil canhões, destruiu as posições, mas não havia causado nem um dano aos soldados que ainda estavam aptos a defenderem.  Somente Zhukov utilizou 1.236.000 salvas de canhão, isso da mais ou menos 96.000 toneladas de explosivo. 


Os exércitos americanos e britânicos vinham avançando em direção a leste e após conseguirem uma travessia pelo rio Reno, na cidade de Remagen, seu avanço também não podia mais ser detido, pois havia somente o Ruhr em seu caminho. Porem no final de março Eisenhower, por motivos políticos, decidiu abrir mão da conquista de Berlin, deixando para os russos, essa atitude não agradou aos aliados ocidentais, mas foi tomada para evitar a crescente desconfiança de Stalin e também a obvia perda de vidas que esta batalha causaria.
Agora era uma questão de tempo até os russos chegarem a Berlin, e não demoraram, os alemães ouviam os estrondos e podiam ver os clarões das explosões vindas do leste. No dia 20 de abril os berlinenses começaram a ouvir o silvo, que começou a se multiplicar, até que as explosões começaram. Berlin já estava sendo atacada por ar, mas era a primeira vez que artilharia atacava a capital. Era a artilharia de longo alcance do LXXIX Corpo de Infantaria do 3º Exercito de Choque, integrante da frente de Zhukov que estava atirando. Dando o pontapé inicial na batalha de Berlin. Zhukov, Rokossovski e Koniev que comandavam respectivamente a Frente Primeira e Segunda Bielorússia ou Rússia Branca e Primeira Ucraniana, cercavam a capital. Berlim tinha aproximadamente 600 km quadrados, os subúrbios tinham sido preparados cuidadosamente para que a resistência fosse realmente furiosa. Os russos estavam em Zossen a apenas 25 km de Berlim.

Hitler havia decidido não sair de Berlim e se fosse o caso, ali ele morreria apesar dos apelos de seu estado maior. O general Wenck que defendia a frente do Elba contra os americanos agora precisava também defender Berlim dos russos e isso claro, era impossível, pois faltavam efetivos. No dia 22, Keitel vai ao QG de Wenck e prepara os planos de defesa. O 12º Exército de Wenck deixa débeis defesas no Elba e se dirige para leste. O 41º Grupo Panzer de Holste vai para Postdan e se junta à defesa da cidade. O 20º Afrika Korps do General Köhler vai em direção ao sul de Berlim e se junta às tropas que foram autorizadas a deixar o Oder. Steiner que esta ao norte, recebeu emprestado a 25ª Divisão Panzergrenadiere e a 7ª Divisão Panzer de Manteuffel, participaria da ação atacando em direção a Spandau. Porem os russos não perdeu o dia, Koniev chegou a Beelitz, a uns 15 km de Postdan, Zhukov chegou a Doberitz, 5 km de Spandau, soldados soviéticos se aproximam de Alexanderplatz, começa o cerco. Em Berlim o terror se espalha, pelotões das SS vasculhavam as ruas e porões a procura de desertores que eram sumariamente executados.

No dia 22 um duro golpe em Hitler, a relativa calma do dia é perturbada por um telegrama de Goering. “O senhor aceita - pergunta o Reichsmarschall ao Fuhrer - que eu assuma a direção total do Reich, com plenos poderes, no exterior e no interior? Se eu não obtiver resposta antes das 22 horas de hoje, considerarei que cessou sua liberdade de ação e agirei da melhor maneira visando aos altos interesses de nosso povo e de nosso país”. Esse ultimato insolente, esse prenúncio evidente de intenção de negociar com o inimigo, arrancam Hitler do acabrunhamento. Ele recrimina Goering nos termos mais ultrajantes e, depois, com Bormann, que triunfa de um rival execrado, redige suas ordens ao comandante dos SS de Berchtesgaden: Hermann Goering, culpado de alta traição, despojado de todos os títulos e dignidades, é condenado à morte. O Fuhrer, em consideração pelos serviços passados, concede lhe a graça da vida, mas ele deve ser preso imediatamente. Outro telegrama convoca, de Munique a Berlim, o General Barão Robert von Greim, comandante da 6a Luftflotte, destinado, por Hitler a substituir Goering no comando da Luftwaffe.



Dia 24 se consuma o cerco, Keitel fica preso na estrada de Krampnitz, onde fora fazer uma inspeção ao grupo de Heinrici. O ultimo avião a pousar em Berlim, é o de Hanna Reitsch que faz um pouso forçado com seu Fieseler Storch, após ser alvejada por um obus, em sua companhia esta Von Grein que acaba ferido. Hitler o nomeia como Generalfeldmarschall e manda que deixe Berlim para continuar a frente da Luftwaffe. Nesse mesmo dia soldados russos tomam a estação da Silésia e a de Gorlitz. Também nesse dia, Koniev consegue atravessar o canal Teltow, que o havia segurado por quase dois dias. Mas para sua infelicidade Stalin estabeleceu novos limites para o assalto final à cidade e o seu limite ficava a cerca de 150 metros além do Reischstag

A 25, os russos em combates ao norte, no subúrbio de Reinickendorf, ao sul, no de Steglitz, expulsam os SS de Schöneberg, tomam Tempelhof e cobrem de obuses Tiegarten, onde as baterias alemãs se acham reunidas. A 26, desembocam de Tempelhof, apoderam-se de Belle-Allianceplatz, a menos de 2 km da Unter den Linden. Ao norte, tomam Tegel e Wittenau, penetram na Siemensstadt e no bairro industrial de Wedding, combatem entre as usinas que, algumas horas antes, ainda forjavam armas alemãs.

À noite de 26 para 27 é de uma calma apavorante. Incêndios avermelham tudo; bombas não detonadas explodem quando as chamas as atingem - mas essas caprichosas das forças de destruição só fazem aumentar o silêncio produzido pela trégua das armas. Quando amanhece, os defensores de Tiegarten têm a surpresa de ouvir um concerto de pássaros. Um momento mais tarde, os lança-foguetes recomeçam a rugir. Com pressa de acabarem, os russos dirigem um assalto geral contra o centro de Berlim. Tomam a estação de Anhalt, atingem a Leipzigerstrasse e a Prinzalberststrasse, entram no QG da Gestapo, que encontram juncados de cadáveres de presos políticos executados. A Chancelaria encontra-se a 300 metros apenas. Mas os defensores surgem das ruínas, repelem os assaltantes, retomam e depois perdem novamente o edifício da Gestapo. O ataque parou. A preparação recomeça. A artilharia e os lança-foguetes reabrem fogo. Os caça-bombardeiros russos, que substituíram as esquadrilhas americanas, mergulham em enxames. Uma formidável detonação sacode a cidade inteira, quando um depósito de Panzerfäust explode em Potsdamerplatz, fazendo enorme carnificina. Uma tragédia mais horrível desenrola-se sob as calçadas. Os sapadores executaram a ordem de fazer explodir as comportas do Landwehr Kanal, a fim de inundar os subterrâneos do metrô, utilizados pelos russos. Nas trevas, milhares de civis, que ali se refugiaram, fogem tateando diante da enchente. Centenas de não-combatentes, dos quais uma proporção imensa de crianças perece, sejam por afogamento ou por asfixia, entre as estações de Leipzigerplatz e a Unter den Lenden.


 Mesmo assim no dia 27, Steiner consegue pegar os russos desprevenidos e consegue chegar aos subúrbios de Zehlendorf. Weidling tenta contornar Berlim pelo sul para juntar-se a Wenck, esta a oeste de Postdam, mas Hitler ordena que ele fique na cidade e defenda-a.


No dia 28 os russos extenuados tentam apenas um ataque contra Alexanderplatz com tanques, mas estes são repelidos. Berlim se torna um cemitério para os tanques russos destruídos, Wenck tenta um ultimo assalto contra os russos, porem nada consegue de concreto, ele toma Belzig, lançando desordem nas retaguardas inimigas. Toma Beelitz, chega até a estação ferroviária de Ferch, esta a 20 km de Berlim e apenas a 5 km de Postdan. Mas suas forças estão cansadas e ele suspende a ofensiva. Heinrici, para salvar o 3º Exército Panzer dá ordens a Tippelkirsch, para voltar até o canal Voss, com isso abandona qualquer esperança de chegar a Berlim. Para total desgosto de Hitler, a Agência Reuter anuncia que Himmler estava tentando negociar a rendição dos exércitos na Itália.

Dia 30, apenas o setor governamental, as vizinhanças imediatas ao Tiergarten e estreita faixa que se estendia em direção oeste, do zoológico ao rio Havel continuavam em poder dos alemães. Os russos passaram a empregar um procedimento metódico de ataque, fazendo preceder cada novo assalto por intenso bombardeio de artilharia. A infantaria era apoiada por tanques e elementos da engenharia equipados com lança-chamas e cargas de demolição. Por volta das 14h30min após intensa luta no interior do Reichstag, soldados soviéticos emergiram vitoriosos, conduzindo de 2.500 prisioneiros e a bandeira vermelha foi finalmente içada sobre o arruinado edifício. Enquanto que muito próximo dali, em seu bunker, Hitler se suicida com um tiro e sua esposa Eva Braun, com quem tinha casado no dia anterior, toma veneno, seus corpos foram em seguida cremados.

No dia seguinte é a família Goebbels que comete suicídio. Pouco sobrou da cúpula nazista, aos poucos as tropas alemãs começam a renderem-se. No dia 2 o General Karl Weidling, responsável pelas defesas de Berlim rendeu-se.

No dia 7, em Rheims, os generais Jodl e Doenitz, assinam a rendição incondicional da Alemanha, com isso esta terminada a Batalha de Berlim e a guerra na Europa. Estava terminando o curto reinado de 12 anos do 3º Reich, que Hitler havia dito que durariam mil anos.

. Churchill escreveu, “A pira funerária de Hitler, com o estrondo dos canhões russos cada vez mais próximos e mais altos, simbolizou o melancólico fim do 3º Reich.

Fonte: (Clube dos Generais: http://www.clubedosgenerais.org/)







Paul von Hindenburg


Formou-se em Berlin na escola para cadetes, entrando para o exercito prussiano em 1866, onde permaneceu por 40 anos.
Ao longo de sua carreira, Hindenburg, serviu em duas guerras; Guerra das Sete Semanas e na Guerra Franco-Prussiana.
Voltou ativa em Agosto de 1914, quando teve inicio a Primeira Guerra Mundial, onde juntamente com o General Erich Ludendorff, comandou o 8º Exercito Alemão saindo vitorioso na batalha de Tannenberg, sobre os russos.

Essa vitoria rendeu a Hindenburg o posto de Marechal de campo em 1916. Assim com o General Lundendorff, tornou-se responsável pelo comando de todas as forças alemãs. Quase um ano antes de acabar a Primeira Guerra Mundial, em março de 1917, Hindenburg estabeleceu uma estratégia de trincheiras que se localizava ao norte da França, ficando conhecida pelo nome: “linha de Hindenburg”, só sendo transposta em Outubro de 1918 pelos aliados.                                      

Com o termino do conflito em 1918, Hindenburg se afasta do exercito e, em 1920 escreve sobre suas memórias (Mein Leben), colocando que a derrota alemã nos campos de batalhas foi resultado de uma revolução interna, que pôs fim ao imperialismo alemão dando lugar a República em 1919.

Torna-se presidente em 1925.
Em 1932 consegue a sua reeleição derrotando o partido nazista de Adolf Hitler.
Convencido por Franz von Papen, convida Adolf Hitler a chancelaria em fins de 1932.
Em janeiro de 1933, Hitler é nomeado chanceler por Hindenburg, quando viria mais tarde a ganhar amplos poderes ditatoriais do parlamento (Reichstag).
Com a ascensão de Adolf Hitler, Hindenburg passa a deixar de ser a figura central do parlamento germânico.

Nasceu em 2 de Outubro de 1847, Posen – Grão Ducado de Poznan.
Morreu em 2 de Agosto de 1934, aos 86 anos – Neudeck – Prússia Oriental. 





Erwin Von Witzleben


Militar alemão e veterano da Primeira e Segunda Guerra Mundial.
Sua carreira militar começou em 1901, onde ficou até o fim de sua vida, sendo condenado e executado pelos nazistas, por seu envolvimento no atentado contra Adolf Hitler.
Durante a Primeira Guerra Mundial, Witzleben ocupou cargos importantes dentro do exercito.
Era segundo-tenente do 7° Regimento de Granadeiros (soldados que são treinados e especializados para lançamentos de granadas).
Com a eclosão do conflito foi para a 19° Brigada de Reserva na função de ajudante.
Sua patente de Capitão veio em outubro de 1914. Além de Capitão era chefe do regimento de Infantaria n°6.
Dentro desse mesmo regimento subiu para o posto de comandante de batalhão, lutando em Verdun, Champagne, Flandres entre outras regiões.
Tendo sido ferido seriamente em combate, ganhou a Cruz de Ferro.
Em 1917 voltou para frente de comando, tornando-se oficial-general do Estado-Maior da 121ºDivisão de Infantaria, onde viu o termino do conflito.
Com o fim do conflito, Witzleben continuou integrando o corpo de militares no Reichswehr, do qual tinha pouco menos de 100 mil militares, exigência feita pelo tratado de Versalhes.
De 1923 a 1940, conquistou altos cargos dentro do exercito, como: Major em 1923; Coronel em 1931; Major General em 1934; General em 1936; General Coronel em 1939 e um ano mais tarde, juntamente com mais 12 generais, chegou ao posto de Marechal.
Witzleben nunca escondeu a sua posição quanto ao nazismo. Sempre fez oposição ferrenha contra Adolf Hitler e seu regime ditatório.
Prova disso foi uma exigência feita por ele e mais os militares; Erich Von Manstein, Wilhelm Leeb e Gerd Von Rundstedt, para que o assassinato de Kurt Von Schleicher, na conhecida Noite das Facas Longas, tivesse uma boa investigação criminal e os culpados encontrados e punidos.

Mas foi a partir de 1938, quando Von Fritsch foi deposto do seu cargo no exercito sobre a acusação de Homossexualismo, que Witzleben passou a mostrar claros sinais de sua insatisfação e começou a pensar em um possível golpe de estado contra Adolf Hitler.
Sua clara manifestação de repudio, quanto à forma que o Regime nazista lidava com seus opositores, fez com que ele fosse alvo da Gestapo, policia secreta do estado, forçando com que ele deixa-se seu cargo ativo no exercito. 
Assim que a Segunda Guerra Mundial estourou, Erwin Von Witzleben voltou para o exercito, onde assumiu o comando do 1° Exercito estacionado no oeste.  Tendo grande êxito no ataque Linha Magnot, rendendo várias divisões inimigas, e se tornando Comandante e chefe do oeste.
Witzleben, não ficou muito tempo nesse novo posto, afastando-se logo por motivos de saúde.
Alguns dizem que ele se afastou por discordar do regime Nazista em protesto contra a invasão da Rússia, durante a Operação Barbarossa.
 Ele também teve um papel muito importante no golpe de estado, que tinha como objetivo matar Adolf Hitler, ele assumiria o comando de todas as forças militares alemães.
O golpe fracassou e no dia 20 de julho de 1944 foi preso.
Em 7 de agosto de 1944, diante de uma corte marcial criada para julgar os envolvidos no atentado, foi expulso do exercito e condenado a morte por enforcamento, pelo juiz nazista Roland Freisler.
Levado para prisão em Plötzensee, em Berlim, onde foi enforcado com uma corda de piano e sua execução foi filmada para ser exibida depois para Hitler.





Créditos das imagens: http://pt.wikipedia.org/


Georg Thomas


Nasceu em 20 de fevereiro de 1890, Forst, Brandenburg
Thomas era um General alemão que fez parte do grupo de resistência contra o Terceiro Reich.
Os pais de Thomas eram empresários donos de fábricas
Em 1908, inicia a sua carreira militar entrando para Infantaria, Regimento 63 desenvolvendo a função de estandarte.
Em 1939, é nomeado chefe do escritório de defesa e economia (Oberkommando der Wehrmacht). Também fez parte do Kontinentale ÖL AG (companhia criada com o objetivo de explorar os recursos petrolíferos de países ocupados)
Entre 1938 e 1939 Georg Thomas, juntamente com Ludwig Beck e outros comandantes alemães, começou a integrar o grupo de resistência contra o nazismo, trabalhando em um plano para por em prática um golpe de estado contra o ditador alemão Adolf Hitler.
Em novembro de 1942, se demite do Gabinete da Defesa e economia, que foi assumido por Albert Speer.
Em de 20 de julho de 1944, o atentado contra Adolf Hitler na toca do lobo, localizado na Prússia Oriental, falha e todos os planos de 1938 e 1939 são descobertos. Isso levou a sua prisão no dia 11 de outubro de 1944. Georg Thomas foi mandado para o campo de concentração em Dachau, Flossenbürg. Transferido para Tirol em abril de 1945, junto com outros 145 prisioneiros.
Em 5 de maio de 1945 são libertados pelo Quinto Exercito dos Estados Unidos.
Georg Thomas morreu em 1946 sobre custódia dos aliados.


Dietrich Bonhoeffer


Foi um pastor alemão luterano, teólogo e mártir.
Bonhoeffer também fez parte do grupo de alemães que eram contra o nazismo, além de ser o fundador da Igreja Confessante ou Igreja confessional, que fazia um protesto firme contra a Alemanha nazista.
Bonhoeffer estava envolvido com a Abwehr, agencia criada para bolar uma forma de assassinar Adolf Hitler. Seu envolvimento com a Abwehr foi à causa de sua prisão em abril de 1943 e dois anos depois a sua execução por enforcamento em abril de 1945. 23 dias depois a Alemanha nazista se renderia.
Nasceu em 04 de fevereiro de 1906. Breslau, Alemanha
Morreu em 09 de abril de 1945, Flossenbürg campo de concentração (39 anos)