O fascismo na Itália

A Itália estava entre os países vencedores da primeira guerra mundial, mas a população não se beneficiou dessa vitória. Uma grande onda de desemprego e o custo de vida elevado atormentavam os italianos, isso resultou em uma greve com mais de dois milhões de trabalhadores. Até mesmo alta burguesia italiana estava insatisfeita com a situação, pois esperavam que a Itália sendo uma das vitoriosas na guerra pudesse se tornar forte e respeitada no cenário mundial. Mas não foi bem assim, porque entre os vencedores, a Itália foi derrotada, ficando fora da partilha das ricas colônias alemãs, esse fato provocou a decepção nos italianos, que se sentiram traídos pelas potências aliadas e também contribuiu para a crise econômica italiana.
Inspirados pela revolução russa, os trabalhadores italianos também exigiram seus direitos e reivindicação, os operários exigiam melhores condições de trabalho e salários, já os camponeses queriam terras.
Estando a par de tudo que acontecia, o Partido Socialista se aproveitou para encorajar os movimentos de trabalhadores. Temendo a incapacidade do governo para combater esses movimentos e vendo que poderia acontecer uma revolução igual da Rússia, os velhos partidos conservadores foram descartados, assim os representantes do governo passaram a dar apoio financeiro e político para os partidos de extrema direita.
Com esse objetivo foi escolhida a organização paramilitar conhecida como Fascio Di Combattimento, fundada em 1919, por um ex-membro do Partido Socialista, Benito Mussolini, que defendia um regime forte e centralizado, antidemocrático e antiparlamentar.
A partir daí o Fascismo começava a dar seus primeiros passos, defendendo a idéia de uma Itália forte e poderosa e que precisava reconquistar a grandeza da época do império romano. Mas para que isso fosse possível era preciso acabar com a luta entre patrões e empregados da qual dividia a Itália, no lugar dessa disputa deveria entrar a luta para a Itália ser reconhecida internacionalmente como uma nação forte e respeitada. Mussolini também prometia acabar com o comunismo, que assustava a alta burguesia.
Em 1921 Benito Mussolini fundou o Partido Nacional Fascista, que em pouco tempo ganhou prestigio e conquistou representação parlamentar.
Dessa forma os socialistas começaram a perder terreno para os fascistas, para tentar reverter à situação, os socialistas organizaram uma série de manifestações para protestar, denunciando os métodos violentos utilizados pelos fascistas. Entretanto, as manifestações fracassaram e o movimento começou perder a força.

Os fascistas souberam esperar à hora certa para colocar em prática seus planos, se aproveitaram do enfraquecimento da oposição e da instabilidade do governo para preparar a tomada do poder, e em 1922, Mussolini organizou a marcha sobre Roma, ocupando edifícios públicos e estações ferroviárias.
As esquadras fascistas vieram de várias partes da Itália e invadiram a capital exigindo o restabelecimento de um novo gabinete.
O rei Vítor Emanuel III, ainda tentou reagir, decretando estado de sitio, mas não resistiu à pressão militar e sem ter muito que fazer, indica Mussolini para formar o novo governo em 28 de outubro de 1922.
A partir de então Benito Mussolini passou a ser o Duce, com o poder centralizado em suas mãos, soberano.
O governo manteve a aparência de uma monarquia parlamentar, mas quem realmente mandava era Mussolini, assim, os fascistas governaram em nome da classe dominante italiana. Nas eleições realizadas em 1924 os fascistas ganharam 65% dos votos. No parlamento, o deputado socialista Giacomo Matteotti pediu a anulação das eleições, alegando que a vitória dos fascistas havia ocorrido devido a fraudes eleitorais.
Poucos dias depois Matteotti foi assassinado pelos camisas negras e o rei Vítor Emanuel III confirmou Mussolini como primeiro ministro da Itália.

Fonte: Apostilas Nobel Sistema de Ensino e Wikipédia, a enciclopédia livre.

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