Batalha de Midway

Em 20 de maio de 1942, escutas aliadas detectaram um sinal do Almirante japonês Yamamoto, do qual estavam planejando um grande ataque ao atol de Midway, ilhas Aleutas e Dutch Harbor.
A força de ataque japonesa tinha: 160 navios, entre eles 8 porta-aviões com mais de 400 aeronaves. Ficou a cargo de Chester Nimitz comandante das forças do Pacifico, enfrentar a gigantesca esquadra japonesa. Nimitz, estrategicamente montou dois grupos de comando: Força Tarefa 16, com dois porta-aviões Hornet e Enterprise, e a Força Tarefa 17, com porta-aviões Yorktown.
Com os avisos de um ataque japonês eminente, Midway teve suas defesas reforçadas. Caças, bombardeiros e outros aviões, estavam sendo abastecidos em Midway, prontos para atacar assim que avistasse a esquadra japonesa.
Durante seu vôo de patrulha, o segundo tenente Jack Read, encontrou cruzadores e navios de transportes da frota inimiga. Bombardeiros B-17, que estavam na base de Midway, foram mandados para parar a frota japonesa, enquanto isso Dutch Harbor e as ilhas Aleutas, durante as primeiras horas da manha já haviam sido atacadas por torpedeiros e aviões Zero do porta-aviões japonês Ryujo.
Em 4 de junho, o porta-aviões japonês comandado pelo Almirante Chuichi Nagumo , não imaginava que estava sendo esperado pela frota de Frank Fletcher.
 Ás 4h30 da manhã, Nagumo fez o primeiro ataque: 108 aeronaves decolaram do porta-aviões em direção a Midway. Assim que os aviões de Nagumo se aproximaram foram imediatamente identificados pelos radares da ilha, as defesas foram ativadas e os caças de Midway levantaram para combater o inimigo. Os objetivos de Nagumo não haviam sido alcançados, pois a pista de pouso da ilha ainda estava intacta, desta forma ele teria que voltar e realizar um novo ataque. Mas isso não aconteceu, pois os bombardeiros de Midway haviam chegado e já estava bombardeando seus navios, mesmo sem causar avarias graves à frota japonesa, eles mudaram o rumo da batalha.
Assim que Nagumo mandou seus aviões voltarem para o porta-aviões, um de seus aviões de reconhecimento avistou 10 navios americanos a 335 km a nordeste dos porta-aviões japoneses. Por falta de sorte de Nagumo seu avião já havia avistado os americanos tarde de mais, pois sua frota já estava pousada, se tivesse avistado antes poderia ter atacado e a história da Batalha teria sido diferente. O que Nagumo não sabia era que Frank Fletcher enviara aviões, que estavam para atacar a qualquer momento, trazidos pelos porta-aviões Hornet e Enterprise.
Ainda bem distante dos porta-aviões japoneses, os aviões decolaram num total de 152 aeronaves, sabiam que os caças japoneses voltavam do ataque a Midway, mas estavam jogando com a sorte, pois decolaram de muito longe. Ás 9h28, os primeiros bombardeiros americanos começaram o ataque contra a frota japonesa. Os aviões Zeros japoneses foram enviados para tentar afastar os bombardeios dos navios, e um combate violento e sangrento tinha iniciado nos céus do Pacifico. Ás 9h45 chegara mais torpedeiros do Enterprise, seguida por outra do Yorktown, ás 10h45.
Os americanos sofreram muitas perdas, causadas pelos Zeros Japoneses e artilharia antiaérea. Somente quatro aviões da vaga do Enterprise voltaram. O Hornet e Yorktown sofreram também. As avarias sofridas nos aviões eram graves, pois mal conseguiam pousar nos porta-aviões em movimento. O capitão-de-corveta McClustky olhou o Pacífico a nordeste de Midway. Liberava 33 bombardeiros de mergulho do Enterprise e estava perdido. Precisa tomar uma decisão. Onde esperava encontrar o inimigo?, não havia nada e logo os aviões teriam que voltar por falta de combustível. Mas McClusky teve um palpite: decidiu continuar a busca um pouco mais para oeste, e o risco compensou. Nimitz depois disse que aquela fora a decisão mais importante da batalha. Minutos depois, McClusky avistou o rasto de espuma deixado por um destróier e o seguiu. Logo depois das 10 horas, ele achou os porta-aviões japoneses. As primeiras vagas de bombardeiros sofreram terrivelmente, a maioria abatida pelos Zeros. Mas, graças a esse primeiro ataque, os bombardeiros de McClusky chegaram despercebidos. Seguido por 17 bombardeiros de mergulho do Yorktown, McClusky não poderia ter chegado à melhor hora: nos porta-aviões japoneses estavam quase 100 aeronaves que se preparavam para atacar os porta-aviões americanos. Enquanto os porta-aviões se posicionavam na direção do vento para lançar suas aeronaves, 50 bombardeiros de mergulho americanos zuniam no céu. Os primeiros ataques transformaram os porta-aviões Akagi, Kaga e Soryu em tochas explosivas. Em minutos, a maior da frota aérea japonesa havia sido dizimada.
O quarto porta-aviões, o Hiryu, salvou-se e tentou um ataque desesperado.
Ao meio dia, ele lançou seus aviões contra o Yorktown. Durante esta fase do combate, apesar das manobras desesperadas, o Yorktown foi atingido diretamente várias vezes. O Yorktown lutou bravamente contra os bombardeiros japonês, mas foi em vão. Ás 14h40, após ser atingido por mais um torpedo, o Yorktown estava tão avariado, que Fletcher não teve alternativa senão abandoná-lo. Ele entregou o comando ao almirante Spruance, comandante da Força-Tarefa 16. Ás 17 horas, Spruance lançou os aviões do Hornet e do Enterprise. A missão: atacar o Hiryu.
 Atingido quatro vezes, seu convés ficou em chamas. As avarias no Hiryu eram irremediáveis. Durante a noite de 4 de junho, enquanto as tripulações do Hornet e do Enterprise preparavam as aeronaves para o dia seguinte, os porta-aviões japoneses Soryu e Kaga foram a pique.
5 de junho de 1942, a frota americana recebeu a noticia de que, os porta-aviões Hiryu e Akagi já estavam no fundo do Pacifico.
6 de junho de 1942, Yamamoto se retira com sua esquadra, mesmo assim teve seus dois cruzadores atacados um afundou e outro foi seriamente danificado. E o porta-aviões americano Yorktown logo depois também foi torpedeado por submarino japonês e afundou.
Na batalha de Midway, as perdas foram grandes para ambos os lados, mas pesou mais para o lado japonês. A principal força japonesa tinha sido dizimada, quatro porta-aviões, um cruzador pesado, 332 aviões e quase cinco mil soldados e oficiais. Enquanto a frota americana, além de ter vencido um inimigo numericamente superior estava inteira.
As causas que levaram a frota japonesa à derrota no pacifico foram:

 a) Estratégia ruim, plano mal feito.

 b) Erros táticos e falta de sorte.

Enquanto os americanos tiveram a seu favor:

 a) Um serviço de inteligência a seu favor.

 b) Organização aérea e naval e comando tático excelentes.

 c) E muita sorte.

Apesar da perda de um porta-aviões, 137 aeronaves e 307 homens, os americanos haviam virado a guerra no Pacífico. O Japão não poderia mais arriscar num embate entre armadas e passou à defensiva.

Fonte: Documentários "BATALHAS AÉREAS DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL" (DVD)
"NATIONAL ARCHIVE WASHINGTON U.S.A"

Um comentário: