A batalha de Berlin


A batalha de Berlin marca o fim da Segunda Guerra Mundial na Europa, colocando um ponto final em um período de violência e mortes.


Em março, o destino da Alemanha já estava decidido, com o exercito russo atacando de um lado, anglo-americanos vindos do outro.
Os nazistas continuaram tentando a todo custo, não uma vitória, apesar de muitos ainda acreditarem ainda ser possível, mas a maioria mais lúcida achava possível uma saída honrosa.

Pela metade do mês de Abril, os russos conseguiram passar pelo ultimo grande obstáculo natural que os separava de Berlin, o rio Oder. Apesar de uma violenta defesa empregada pelos alemães, sob o comando do experiente general Heinric, que diante de Moscou, enfrentou inúmeras situações desesperadas, porem agora a situação era diferente em numero e em armas e os alemães já não possuíam meios para segurar o exercito vermelho que se dirigia para oeste.

Henrici conseguiu ganhar um tempo utilizando uma manobra inteligente, antes de o bombardeio russo começar, ele havia recuado suas tropas para a segunda linha e quando as coisas se acalmaram, voltou para defender a linha principal, com isso o enorme bombardeio russo, mais de 20 mil canhões, destruiu as posições, mas não havia causado nem um dano aos soldados que ainda estavam aptos a defenderem.  Somente Zhukov utilizou 1.236.000 salvas de canhão, isso da mais ou menos 96.000 toneladas de explosivo. 


Os exércitos americanos e britânicos vinham avançando em direção a leste e após conseguirem uma travessia pelo rio Reno, na cidade de Remagen, seu avanço também não podia mais ser detido, pois havia somente o Ruhr em seu caminho. Porem no final de março Eisenhower, por motivos políticos, decidiu abrir mão da conquista de Berlin, deixando para os russos, essa atitude não agradou aos aliados ocidentais, mas foi tomada para evitar a crescente desconfiança de Stalin e também a obvia perda de vidas que esta batalha causaria.
Agora era uma questão de tempo até os russos chegarem a Berlin, e não demoraram, os alemães ouviam os estrondos e podiam ver os clarões das explosões vindas do leste. No dia 20 de abril os berlinenses começaram a ouvir o silvo, que começou a se multiplicar, até que as explosões começaram. Berlin já estava sendo atacada por ar, mas era a primeira vez que artilharia atacava a capital. Era a artilharia de longo alcance do LXXIX Corpo de Infantaria do 3º Exercito de Choque, integrante da frente de Zhukov que estava atirando. Dando o pontapé inicial na batalha de Berlin. Zhukov, Rokossovski e Koniev que comandavam respectivamente a Frente Primeira e Segunda Bielorússia ou Rússia Branca e Primeira Ucraniana, cercavam a capital. Berlim tinha aproximadamente 600 km quadrados, os subúrbios tinham sido preparados cuidadosamente para que a resistência fosse realmente furiosa. Os russos estavam em Zossen a apenas 25 km de Berlim.

Hitler havia decidido não sair de Berlim e se fosse o caso, ali ele morreria apesar dos apelos de seu estado maior. O general Wenck que defendia a frente do Elba contra os americanos agora precisava também defender Berlim dos russos e isso claro, era impossível, pois faltavam efetivos. No dia 22, Keitel vai ao QG de Wenck e prepara os planos de defesa. O 12º Exército de Wenck deixa débeis defesas no Elba e se dirige para leste. O 41º Grupo Panzer de Holste vai para Postdan e se junta à defesa da cidade. O 20º Afrika Korps do General Köhler vai em direção ao sul de Berlim e se junta às tropas que foram autorizadas a deixar o Oder. Steiner que esta ao norte, recebeu emprestado a 25ª Divisão Panzergrenadiere e a 7ª Divisão Panzer de Manteuffel, participaria da ação atacando em direção a Spandau. Porem os russos não perdeu o dia, Koniev chegou a Beelitz, a uns 15 km de Postdan, Zhukov chegou a Doberitz, 5 km de Spandau, soldados soviéticos se aproximam de Alexanderplatz, começa o cerco. Em Berlim o terror se espalha, pelotões das SS vasculhavam as ruas e porões a procura de desertores que eram sumariamente executados.

No dia 22 um duro golpe em Hitler, a relativa calma do dia é perturbada por um telegrama de Goering. “O senhor aceita - pergunta o Reichsmarschall ao Fuhrer - que eu assuma a direção total do Reich, com plenos poderes, no exterior e no interior? Se eu não obtiver resposta antes das 22 horas de hoje, considerarei que cessou sua liberdade de ação e agirei da melhor maneira visando aos altos interesses de nosso povo e de nosso país”. Esse ultimato insolente, esse prenúncio evidente de intenção de negociar com o inimigo, arrancam Hitler do acabrunhamento. Ele recrimina Goering nos termos mais ultrajantes e, depois, com Bormann, que triunfa de um rival execrado, redige suas ordens ao comandante dos SS de Berchtesgaden: Hermann Goering, culpado de alta traição, despojado de todos os títulos e dignidades, é condenado à morte. O Fuhrer, em consideração pelos serviços passados, concede lhe a graça da vida, mas ele deve ser preso imediatamente. Outro telegrama convoca, de Munique a Berlim, o General Barão Robert von Greim, comandante da 6a Luftflotte, destinado, por Hitler a substituir Goering no comando da Luftwaffe.



Dia 24 se consuma o cerco, Keitel fica preso na estrada de Krampnitz, onde fora fazer uma inspeção ao grupo de Heinrici. O ultimo avião a pousar em Berlim, é o de Hanna Reitsch que faz um pouso forçado com seu Fieseler Storch, após ser alvejada por um obus, em sua companhia esta Von Grein que acaba ferido. Hitler o nomeia como Generalfeldmarschall e manda que deixe Berlim para continuar a frente da Luftwaffe. Nesse mesmo dia soldados russos tomam a estação da Silésia e a de Gorlitz. Também nesse dia, Koniev consegue atravessar o canal Teltow, que o havia segurado por quase dois dias. Mas para sua infelicidade Stalin estabeleceu novos limites para o assalto final à cidade e o seu limite ficava a cerca de 150 metros além do Reischstag

A 25, os russos em combates ao norte, no subúrbio de Reinickendorf, ao sul, no de Steglitz, expulsam os SS de Schöneberg, tomam Tempelhof e cobrem de obuses Tiegarten, onde as baterias alemãs se acham reunidas. A 26, desembocam de Tempelhof, apoderam-se de Belle-Allianceplatz, a menos de 2 km da Unter den Linden. Ao norte, tomam Tegel e Wittenau, penetram na Siemensstadt e no bairro industrial de Wedding, combatem entre as usinas que, algumas horas antes, ainda forjavam armas alemãs.

À noite de 26 para 27 é de uma calma apavorante. Incêndios avermelham tudo; bombas não detonadas explodem quando as chamas as atingem - mas essas caprichosas das forças de destruição só fazem aumentar o silêncio produzido pela trégua das armas. Quando amanhece, os defensores de Tiegarten têm a surpresa de ouvir um concerto de pássaros. Um momento mais tarde, os lança-foguetes recomeçam a rugir. Com pressa de acabarem, os russos dirigem um assalto geral contra o centro de Berlim. Tomam a estação de Anhalt, atingem a Leipzigerstrasse e a Prinzalberststrasse, entram no QG da Gestapo, que encontram juncados de cadáveres de presos políticos executados. A Chancelaria encontra-se a 300 metros apenas. Mas os defensores surgem das ruínas, repelem os assaltantes, retomam e depois perdem novamente o edifício da Gestapo. O ataque parou. A preparação recomeça. A artilharia e os lança-foguetes reabrem fogo. Os caça-bombardeiros russos, que substituíram as esquadrilhas americanas, mergulham em enxames. Uma formidável detonação sacode a cidade inteira, quando um depósito de Panzerfäust explode em Potsdamerplatz, fazendo enorme carnificina. Uma tragédia mais horrível desenrola-se sob as calçadas. Os sapadores executaram a ordem de fazer explodir as comportas do Landwehr Kanal, a fim de inundar os subterrâneos do metrô, utilizados pelos russos. Nas trevas, milhares de civis, que ali se refugiaram, fogem tateando diante da enchente. Centenas de não-combatentes, dos quais uma proporção imensa de crianças perece, sejam por afogamento ou por asfixia, entre as estações de Leipzigerplatz e a Unter den Lenden.


 Mesmo assim no dia 27, Steiner consegue pegar os russos desprevenidos e consegue chegar aos subúrbios de Zehlendorf. Weidling tenta contornar Berlim pelo sul para juntar-se a Wenck, esta a oeste de Postdam, mas Hitler ordena que ele fique na cidade e defenda-a.


No dia 28 os russos extenuados tentam apenas um ataque contra Alexanderplatz com tanques, mas estes são repelidos. Berlim se torna um cemitério para os tanques russos destruídos, Wenck tenta um ultimo assalto contra os russos, porem nada consegue de concreto, ele toma Belzig, lançando desordem nas retaguardas inimigas. Toma Beelitz, chega até a estação ferroviária de Ferch, esta a 20 km de Berlim e apenas a 5 km de Postdan. Mas suas forças estão cansadas e ele suspende a ofensiva. Heinrici, para salvar o 3º Exército Panzer dá ordens a Tippelkirsch, para voltar até o canal Voss, com isso abandona qualquer esperança de chegar a Berlim. Para total desgosto de Hitler, a Agência Reuter anuncia que Himmler estava tentando negociar a rendição dos exércitos na Itália.

Dia 30, apenas o setor governamental, as vizinhanças imediatas ao Tiergarten e estreita faixa que se estendia em direção oeste, do zoológico ao rio Havel continuavam em poder dos alemães. Os russos passaram a empregar um procedimento metódico de ataque, fazendo preceder cada novo assalto por intenso bombardeio de artilharia. A infantaria era apoiada por tanques e elementos da engenharia equipados com lança-chamas e cargas de demolição. Por volta das 14h30min após intensa luta no interior do Reichstag, soldados soviéticos emergiram vitoriosos, conduzindo de 2.500 prisioneiros e a bandeira vermelha foi finalmente içada sobre o arruinado edifício. Enquanto que muito próximo dali, em seu bunker, Hitler se suicida com um tiro e sua esposa Eva Braun, com quem tinha casado no dia anterior, toma veneno, seus corpos foram em seguida cremados.

No dia seguinte é a família Goebbels que comete suicídio. Pouco sobrou da cúpula nazista, aos poucos as tropas alemãs começam a renderem-se. No dia 2 o General Karl Weidling, responsável pelas defesas de Berlim rendeu-se.

No dia 7, em Rheims, os generais Jodl e Doenitz, assinam a rendição incondicional da Alemanha, com isso esta terminada a Batalha de Berlim e a guerra na Europa. Estava terminando o curto reinado de 12 anos do 3º Reich, que Hitler havia dito que durariam mil anos.

. Churchill escreveu, “A pira funerária de Hitler, com o estrondo dos canhões russos cada vez mais próximos e mais altos, simbolizou o melancólico fim do 3º Reich.

Fonte: (Clube dos Generais: http://www.clubedosgenerais.org/)







Um comentário:

  1. esse teu blog ta show de bola, parabens Ronaldo. Continue postando as maiores historias mundias . abraço Broll

    ResponderExcluir